{ "website-name": "Portfolio Go", "backgrounds": [ "content/videos/bg_1.mov", "content/videos/bg_2.mov", "content/videos/bg_3.mov", "content/videos/bg_4.mov", "content/videos/bg_5.mov" ], "navigation": [ { "title": "Artigos", "i18n": [ "Artigos", "" ], "link": "submenu", "submenu": [ { "title": "Go e Arnaldo - Julio Bressane", "i18n": [ "júlio bressane, 198?", "júlio bressane, 198?" ], "link": "/resenhas/go-e-arnaldo", "slides": [ { "title": "", "url": "content/images/go-e-arnaldo-1.jpg" }, { "title": "", "url": "content/images/parece-mas-nao-e.jpg" }, { "title": "", "url": "content/images/go-e-arnaldo-2.jpg" }, { "title": "", "url": "content/images/parece-mas-e.jpg" } ] }, { "title": "Dois grafonautas - Antonio Medina", "i18n": [ "antonio medina, 1984", "antonio medina, 1984" ], "link": "/resenhas/dois-grafonautas", "slides": [ { "title": "", "url": "content/images/dois-grafonautas.jpg" } ] }, { "title": "O artesanato literário de Go - Antonio Medina", "i18n": [ "antonio medina, 198?", "antonio medina, 198?" ], "link": "/resenhas/artesanato-literario", "slides": [ { "title": "", "url": "content/images/artesanato-literario.jpg" } ] }, { "title": "Coletiva vai do lirismo à ironia - Fernanda Peixoto", "i18n": [ "fernanda peixoto", "fernanda peixoto" ], "link": "/resenhas/coletivo-vai-do-lirismo-a-ironia", "slides": [ { "title": "", "url": "content/images/lirismo-a-ironia.jpg" } ] }, { "title": "José. Thomas. Brum", "i18n": [ "José. Thomas. Brum", "José. Thomas. Brum" ], "link": "/resenhas/jose-thomas-brum", "slides": [ { "title": "", "url": "content/images/jt-brum.jpg" } ] } ] }, { "title": "Contato", "i18n": [ "Contato", "Contact" ], "link": "/contato", "content": [ "
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1961 | muda para Rio de Janeiro |
1981–1988 | Universidade de São Paulo, Linguística, SP, Brasil |
1990 | História da Arte, Rodrigo Naves, SP, Brasil |
1990 | Teoria da Arte, Alberto Tassinari, SP, Brasil |
1991–1992 | Universidade de Campinas, Mestrado História da Arte, SP, Brasil |
1996–1997 | New York Studio School, Desenho e Escultura, NY, USA |
2013–2014 | Royal School of Drawing, Desenho, Londres, UK |
1980 | Festival de Performances da Pinacoteca do Estado, SP - ‘Concerto para piano, luva de boxe e instintor de incêndio’ |
1981 | Festival de Performances do SESC Pompéia, SP |
1981 | 83 Banda Performática de José Roberto Aguilar |
1983 | ‘Caligramas’, Galeria Cultura, SP Ópera Performática, música de Paulo Miklos, com Vânia Forguieri, Arnaldo Antunes e grande elenco, abertura da exposição ‘Caligramas’, SP |
1984 | POESIAEVIDÊNCIA, Pontifícia Universidade Católica, SP Defeitos Cônicos, performance com Adriana Freire, Paulo Miklos e Arnaldo Antunes, Pinacoteca do Estado, SP |
1985 | SP3 Vênus, Espaço Petite Galerie, Rio de Janeiro |
1986 | Sarrafos e Garranchos, livro da artista e exposição, Galeria Unidade 2, SP |
1987 | PALAVRA IMÁGICA, Museu de Arte Contemporânea, SP |
1993 | ITAÚGALERIA, SP |
1994 | Centro Cultural São Paulo, Programa de Exposições Anual, SP |
1995 | Salão Carioca, Rio de Janeiro |
2003 | Casa das Rosas – ‘Alô, México’, SP |
2006 | Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro |
1960 | born in Recife |
1961 | moves to Rio de Janeiro |
1981-1988 | University of São Paulo, Linguistics, SP Brazil |
1990 | Art history, Rodrigo Naves, SP Brazil Art theory, Alberto Tassinari, SP Brazil |
1991-1992 | University of Campinas, Art history, SP Brazil |
1996-1997 | New York Studio School, Drawing and Sculpture, NY USA |
2013-2014 | Royal School of Drawing, Drawing, London UK |
1980 | Pinacoteca do Estado Performance Festival, SP ‘Concert for piano, boxing gloves, fire extinguishers and four letters’ |
1981 | SESC Pompéia Performance Festival, SP |
1981-1983 | Performatic Band of José Roberto Aguilar, SP |
1983 | ‘Calligrams’, Galeria Cultura, SP Performatic Opera, music by Paulo Miklos, with Vania Forguieri, Arnaldo Antunes and great cast, opening of ‘Calligrams’, SP |
1984 | POESIAEVIDÊNCIA, Pontifical Catholic University, SP Conical defects, performance COM Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Adriana Freire, Pinacoteca do Estado, SP |
1985 | SP3 Venus, Espaço Petite Galerie, Rio de Janeiro |
1986 | Scratches and Scribbles, artist book & exhibition, Galeria Unidade 2, SP |
1987 | PALAVRAIMÁGICA, Museum of Contemporary Art, SP |
1993 | ITAÚGALERIA, SP |
1994 | Centro Cultural São Paulo, Annual Exhibitions Program, SP |
1995 | Salão Carioca, Rio de Janeiro |
2003 | Casa das Rosas – ‘Alô, México’, SP |
2006 | Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro |
Se a mão lança
no ar não fica
se a mão alcança
o que caiu
A mínima noite
que de cada objeto parte
noite insular
objeto do tempo
pendurada ao momento
como se fosse
a própria sombra
O que nos move é o sono,
o sono distribuído em noites,
as noites,
distribuídas.
Piscar das páginas
no livro de pontos,
onde calco a letra
recombino os ecos.
O que nos move:
a fadiga,
a fábula dos atos,
transmitida,
o girar da chave da noite
quantas noites dure o sono,
Quem respirar?
Tambores batem
para que eu chegue à terra manchada alta
para que eu traga a lança manchada alta
e não desprenda os olhos do rio
de onde a história evapora
Tambores batem
para que eu ache a pedra manchada alta
para que eu sopre a fumaça manchada alta
e com os braços da fumaça eu lute
e com os dedos da fumaça eu trame
e com os olhos da fumaça mergulhe
pois nessa pedra se encaixarão pedras
nessa hora se encaixarão horas
nessas letras se encaixará o sol
Tambores batem
embaralham meus passos
com os passos do tigre manchado alto
para que eu caçe
cada vez a mesma caça
cada vez nova caça
cada vez
Tambores batem
embaralham meus passos
com os passos da rês manchada alta
para que eu paste
cada vez o mesmo pasto
cada vez novo pasto
cada vez
Tambores batem
embaralham meus passos
com os passos da lua manchada alta
para que eu sangre
cada vez o mesmo nome
cada vez novo nome
cada vez
Tambores batem
para que nem chamar eu possa
nem voltar eu possa
nem trocar eu possa
e então possa bastar
Tambores batem
para que nem soltar eu possa
nem sonhar eu possa
nem acordar eu possa
e então possa livrar
Como o salto
como o giro
como a espera
como o riso
Tambores batem
pé no passo
mão no gesto
cada vez o mesmo toque
cada vez novo toque
cada vez
Alguém que assim falasse, que por anos conversasse como se içado pela voz, como se ao falar trouxesse portas, camas, lanternas e tateando-os, encontrasse o horizonte pontual de suas extremidades e o estendesse. Alguém que assim falasse, de um modo secretamente aberto - as pausas, às vezes, demorando-se como fala, como se crescessem e vibrassem, caudalosas -, não ouvia o que falava como se fosse seu. Falava como se uma onda estourasse na praia e, ao estourar, já outra se formasse por onde aquela passara. Alguém que assim falasse, na densidade dócil de farol e sem enveredar por alguma conclusão, falava como se encontrar a palavra bastasse para continuar, fosse uma conclusão em si, cintilância. Um falante que tanto observasse e permanecesse que sua fala se tornasse praia onde abordassem portas, camas, lanternas, pausas, ecos, canções invertidas, falava… e, provavelmente, não se ouvia.
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